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Manhã intensa na Assembleia Regional de Pastoral discute desafios da Igreja e dados do Censo 2022

  • Foto do escritor: Diocese de Cruz das Almas
    Diocese de Cruz das Almas
  • há 3 dias
  • 3 min de leitura

A manhã do segundo dia da 62ª Assembleia Regional de Pastoral do Regional Nordeste 3 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), realizada no Centro de Treinamento de Líderes (CTL), em Salvador, foi marcada por intensas discussões sobre temas atuais e desafiadores para a Igreja no Brasil.


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Entre os assuntos destacados esteve a Pré-COP 30, realizado em Carnaíba do Sertão – Diocese de Juazeiro, em preparação à COP 30, que será realizada ainda este ano.


Na oportunidade, Dom Vicente de Paula Ferreira, bispo de Livramento de Nossa Senhora (BA), abordou o evento e destacou a importância da participação da Igreja Católica na construção de um futuro mais sustentável e justo, enfatizando a necessidade de uma conversão ecológica que respeite a “Casa Comum”. Essa provocação norteou a reflexão sobre a responsabilidade da Igreja diante das questões ambientais e sociais.


Em seguida, padre Douglas Fontes, perito da Comissão para a Doutrina da Fé da CNBB e membro do INAPAZ, apresentou os dados mais recentes do Censo 2022, que indicam que 56,75% da população brasileira se identifica como católica, totalizando aproximadamente 100 milhões de pessoas. Ele observou que, embora a Igreja Católica continue sendo a maior do país, há uma tendência de queda no número de fiéis, especialmente entre os jovens. Esse cenário exige uma reflexão profunda sobre a missão evangelizadora da Igreja e a necessidade de novas abordagens pastorais.


O Cardeal Dom Sergio da Rocha também comentou os dados do Censo, enfatizando que revela mudanças significativas no panorama religioso brasileiro, destacando a tendência de pluralismo e a diminuição percentual de católicos. No entanto, a interpretação dos dados exige cautela, considerando que nem todos os que se declaravam católicos tinham participação efetiva na Igreja. A análise do cenário religioso deve levar em conta o contexto histórico, social e cultural, evitando simplificações e reconhecendo a complexidade das transformações na sociedade brasileira.


Nesta manhã, o reitor da Universidade Católica do Salvador (UCSal) também falou sobre a instituição, colocando-a à disposição das arqui(dioceses) da Bahia e de Sergipe. A Assembleia segue com outras atividades e discussões que visam fortalecer a ação pastoral no Regional Nordeste 3, sempre com o olhar atento às necessidades do povo e aos sinais dos tempos.



O tema do Dízimo esteve em pauta durante a 62ª Assembleia Regional de Pastoral do Regional Nordeste 3 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). A reflexão foi conduzida por André Luiz, coordenador regional da Pastoral do Dízimo, nesta quarta-feira (20), que destacou a necessidade de promover uma nova cultura de autossustentabilidade nas comunidades eclesiais.


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Durante sua participação, André Luiz ressaltou que o Dízimo não deve ser compreendido apenas como um recurso financeiro, mas sobretudo como um gesto de fé e de compromisso com a missão da Igreja. Ele destacou que a prática do Dízimo ajuda a fortalecer a vida comunitária, garante a autossustentabilidade das paróquias e possibilita que a Igreja avance na missão evangelizadora, mantendo sempre o olhar atento às necessidades dos mais pobres.


Em seguida, Dom Estevam dos Santos Silva Filho, bispo da Diocese de Ruy Barbosa e referencial para o Dízimo no Regional, reforçou que a sustentabilidade deve caminhar de mãos dadas com a fé. “Devemos cuidar hoje para não faltar amanhã. A missão de cuidar é originária da nossa fé”, sublinhou o bispo, apontando o compromisso da Igreja em fortalecer sua missão evangelizadora sem perder de vista a atenção aos mais pobres.


Dom Estevam também apresentou a proposta do Curso de Gestão Eclesial, que deverá ser uma parceria entre o Regional Nordeste 3 e a Universidade Católica de Feira de Santana (BA). A proposta tem como objetivo capacitar clero, leigos e ecônomos para uma administração pastoral mais eficaz e comprometida com a missão da Igreja e com a caridade.


A abordagem reforçou que o Dízimo, para além de sustento material, é expressão de fé, partilha e corresponsabilidade na vida da Igreja, sendo caminho concreto de comunhão e solidariedade.


Texto e fotos: Sara Gomes

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