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  • Foto do escritorDiocese de Cruz das Almas

Mensagem do Final de Ano do Bispo de Cruz das Almas

Aos sacerdotes, Diáconos permanentes, Religiosas, Seminaristas, Fiéis leigos e a quem mais se interessar em ler esta mensagem.



“O povo que andava nas trevas viu uma grande Luz” (Mt 4, 16).


A todos, o meu sincero desejo de um feliz e santo Natal e um ano novo com as bênçãos e as graças provenientes da “grande Luz”, Jesus, o “Verbo que se fez Carne e habitou entre nós.”



Irmãos e irmãs,


Diante de um mundo tão secularizado, numa época de pouca ou nenhuma importância ao anuncio cristão, infelizmente, na festa de final de ano não se fala mais em “nascimento do Menino Deus”, mas se enfatiza veementemente a “magia do Natal”, dando grande relevância às figuras lendárias e o faz de conta dos entretenimentos oferecidos pela mídia. Nós, cristãos, mais do que nunca, deparamo-nos diante do árduo desafio de evangelizarmos o coração do ser humano.


Tenho um sonho para ser realizado em 2020 e gostaria de partilhá-lo com todos os diocesanos, pois, como disse alguém, “Sonho que se sonha sozinho é apenas um sonho. Sonho que se sonha junto é o começo da realidade”. Trata-se de nos tornarmos uma Igreja Diocesana toda convertida, transformada interiormente, para juntos sermos instrumento de conversão para a sociedade onde estamos inseridos. Uma Igreja Diocesana a caminho, sempre em busca da terra prometida, vocacionada à santidade e, com muito mais testemunho que palavras, evangelizarmos aqueles que andam nas trevas e os conduzir para o encontro com a grande Luz.


Estamos vivenciando uma perigosa época de modismo no qual o passageiro fugaz imprime grande força no coração do homem e, consequentemente, um grande relativismo permeia a consciência do ser humano a ponto de comprometer a ética e a moral atingindo terrivelmente os princípios cristãos. Os mais avessos ao cristianismo comemoram propagando uma possível era pós cristã. O Apóstolo Paulo nos adverte sobre isto: “Porque virá tempo em que os homens já não suportarão a sã doutrina da salvação. Levados pelas próprias paixões e pelo prurido de escutar novidades, ajustarão mestres para si. Apartarão os ouvidos da verdade e se atirarão às fábulas.” (2 Timóteo 4:3,4).


Estamos em tempos de nós, cristãos, sermos vigilantes em porção dobrada, de não abrirmos mãos das nossas convicções de fé; claro que a Igreja é chamada ao novo, a abrir-se ao diálogo, acolher e não afastar, incluir e não excluir, porém, isso jamais poderá acontecer se for para pagar um preço muito caro, refiro-me a uma caricatura de evangelização que, em nome de uma “abertura” ao diferente, corre-se ao terrível engano de comprometer toda tradição expurgando-se a autêntica e verdadeira doutrina Católica.


Claro que desejo uma Diocese urgentemente missionária, em estado permanente de saída, porém, como ouvi uma expressão interessante nesses dias, faz-se necessária muita cautela para que não se esteja promovendo uma Igreja “em tal estado de saída que não se possa mais encontrá-la.”


No próximo mês de janeiro, completarei dois anos como pastor próprio desta Diocese e agradeço a Deus e aos fiéis ordenados e leigos por tudo que realizamos em conjunto até agora: O funcionamento da Cúria Diocesana; a ereção do conselho de Presbíteros; o Colégio de Consultores; o Conselho Econômico; a ereção da Câmara Eclesiástica; duas assembleias diocesanas; as Foranias; a Escola Diaconal; a Escola Diocesana de Catequese; a Escola Teológica de Fé e Cidadania; ordenações de um diácono transitório e de onze diáconos permanentes... Tudo para a maior glória de Deus! Temos outros desafios adiante como fazer acontecer a OVS (Obra das Vocações Sacerdotais); a auto sustentação da Excelsior Recôncavo FM; a ereção do Seminário Propedêutico; a implantação das pastorais sociais, entre outras obras que, certamente, aparecerão. Confio que tudo virá no tempo certo, pois, com a ação da Providência Divina, obteremos as graças. Porém, isso supõe, necessariamente, a colaboração e o empenho de todos.

Gostaria de, mais uma vez, chamar atenção para a importância que é evangelizar. Nossa Diocese deve ser promotora da Nova Evangelização, lançando-se às Diretrizes da Ação Evangelizadora da Igreja do Brasil para os anos 2019-2023. Precisamos ser fiéis às metas traçadas pelo Regional Nordeste 3 da CNBB e às conclusões da segunda Assembleia Diocesana de Pastoral.


Vejo que em todas as Matrizes foram armados presépios, fico contente com tais iniciativas porque é uma forma de catequisar o nosso povo, principalmente as crianças, mas, não podemos nos esquecer de que é preciso conscientizar a todos de que no rosto do menino Jesus, deitado na manjedoura, encontra-se o rosto dos nossos irmãos empobrecidos, marginalizados e esquecidos. Nossos presépios são tão belos que correm o risco de esconderem a real mensagem da história do Natal. Os pobres precisam ser, devem ser os prediletos da Igreja Particular de Cruz das Almas, pois são neles que mais encontramos a proximidade da face do “Deus que se fez carne e habitou entre nós.”


Dirijamos as nossas preces à Santa Mãe de Deus e a São José, Pai adotivo de Jesus. Roguemos aos dois que intercedam junto ao seu amado Filho por nossa Diocese, para que seja uma Igreja que alegre muito o Coração do Altíssimo Deus.


Que o Menino Jesus abençoe a todos!


+ Antonio Tourinho Neto

Bispo Diocesano de Cruz das Almas-BA.

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